Naquele jardim encantado
onde nos encontrávamos
Nossos olhos furtivamente
Se cruzavam
De modo discreto
nos aproximávamos
Como dois rios caudalosos
de águas serenas
porém abundantes
Cada qual seguindo seu curso
Rios impetuosos, em ritmado pulso
Vidas paralelas em águas tremulantes
no sorriso breve e tímido que trocávamos
no toque plácido das mãos que entrelaçávamos
Deixamos seladas
na copa daquele majestoso Carvalho
as iniciais do nosso nome
bem talhadas
Sempre que a face do céu sorria
em tons de anil
corríamos para o nosso jardim primaveril
onde nossos sonhos se fagocitavam
e ali nos enamorávamos
O que era singular, plural se fez
o amor selou nossa vida
mostrou-nos sua rutilante tez